terça-feira, 31 de março de 2015

Review: Sly Cooper 2: Band of Thieves





Sucker Punch, do lado de Insomaniac, foi um dos grandes estúdios que produziam jogos exclusivamente para o Playstation 2 (com exceção de um jogo de Nintendo 64 que só descobri porque fui olhar na Wikipedia o histórico deles). Na realidade, produziu exclusivamente a série Sly Cooper, a qual só comecei a conhecer depois que comprei, a MUITO tempo atrás, a Sly Cooper Collection na PS Store.

Bem, como o lançamento de Bloodborne está se aproximando e eu não queria ter gastos desnecessários com jogos que nem me interessam tanto antes, resolvi terminar alguns games da minha biblioteca digital do PS3 e MINHA NOSSA, como tenho jogos que não terminei ainda. Daí, tive uma grata surpresa ao notar que dava para eu jogar a série Sly Cooper inteira porque tinha adquirido a muito tempo atrás o último jogo da série lançado para o PS3, o Thieves in Time. Com essa oportunidade de jogar uma série inteira a minha disposição... bah vocês entenderam.
“Mas Thyago, seu gordo anoréxico, você está fazendo o review do segundo jogo, porque não está fazendo desde o primeiro?”

Muito simples, querida voz da minha cabeça, é porque o primeiro eu joguei a muito tempo atrás e completei o jogo já. Adorei ele, cheio de coisas pelos variados cenários para coletar e com um bom desafio, sendo fundamentalmente um jogo de plataforma com ““““alguns”””” de stealth.
E acho que esta é a maior característica da série: é essencialmente um jogo de plataforma, mas com alguns pontos de stealth para deixar o game mais interessante.

A história deste game acontece pouco tempo depois dos acontecimentos do primeiro game, na qual o vilão Clockwerk, uma coruja gigante feita de motherfucking METAL (acho que o conceito dela foi tirada da capa de algum álbum de uma banda de power metal) foi derrotado por Sly Cooper. Entretanto, por ser uma criatura robótica, suas peças ainda permaneceram e foram pegues pela Klaww Gang, sendo essas peças utilizadas em diferentes planos para enriquecê-los no submundo do crime.

Sabendo que essas peças eram perigosas demais para serem mantidas sem serem destruídas, Sly Cooper e seus amigos Bentley (uma tartaruga extremamente inteligente e com uma voz que te dá vontade de enforcar filhotes de foca) e Murray (um hipopótamo com grande força física e que fica se tratando na terceira pessoa) partem em busca de cada uma das partes de Clockwerk.
O jogo todo é exibido como se fosse um desenho animado, com cutscenes entre cada capítulo bem animadas e divertidas de se assistir, sendo uma boa recompensa para cada capítulo que você completa.

Este game é dividido por episódios e cada episódio se passa em um cenário diferente, tendo estes cenários suas características próprias. Alguns são urbanos, outros na neve, outros no deserto ou na selva... sendo que cada cenário tem 30 garrafas com pedaços de código para você coletar e com esse código você poder abrir um cofre que contém sempre alguma nova habilidade para Sly Cooper. Outras habilidades podem ser adquiridas comprando na safehouse. Para comprar, você precisa de dinheiro que você consegue roubando dos inimigos.

E bem, o jogo é realmente voltado e todo construído para ser jogado com o Sly Cooper, o qual é um guaxinim que pode escalar, se equilibrar em cima de lugares pontudos e cordas e usa um bastão para se defender. Mas também é necessário jogar com seus outros dois amigos para poder avançar no game.

Murray é um pouco mais lento mas é o que tem a maior força do grupo. Alertar guardas com ele nem chega a ser um problema porque ele pode agarrá-los e arremessar contra outros inimigos, o que torna bem mais simples avançar pelo cenário, mesmo sem ter as capacidades acrobáticas de Sly
Cooper. Quando refere-se a si mesmo ele diz que é “The Murray”, o que já mostra que ele deve ter o Q.I. de uma giardia em decomposição.

Já Bentley (a tartaruga) tem alguns gadgets que o ajudam a passar pelos guardas como dardos tranquilizantes mas para que ele os atire é preciso usar um modo de primeira pessoa que minha nossa como é ruim de usar, além do dardo em si ser lento pra cacete então pode esperar errar bastante o alvo. Pra piorar, ele não consegue escalar nada e num jogo com cenário extremamente verticalizado você fica com poucas opções de cobrir o terreno quando é obrigado a jogar com ele. Com certeza, o pior personagem para se jogar. E MINHA NOSSA a voz dessa tartaruga faz você querer enforcar algumas focas.

Agora, alguns defeitos que se sobressaíam aos meus olhos durante a jogatina: o draw distance.
Para quem não sabe, draw distance é a capacidade do jogo de renderizar objetos no cenário à distância ou a capacidade de você interagir com objetos que estejam muito distantes de seu personagem.

Bem, este jogo tem a draw distance de um palmo praticamente. Inimigos surgem do nada todo o tempo na sua frente porque só naquele momento foram carregados, assim como as garrafas que você precisa coletar e vai procurar freneticamente por todo o cenário porque não dá para vê-las a distância. Como os cenários são bem grandes e variados, com várias passagens para você explorar, você vai ter mesmo que ir pra cada um desses cantos se quiser pegar todos os upgrades. Não é algo que deixe o game aleijado mas é bem perceptível.

Também me incomodou como o jogo faz questão de dizer em voz alta cada ação que você deve fazer. Muito tempo é desperdiçado com você parado e ouvindo conversas como você precisa chegar em algum canto só pra puxar uma alavanca. Mas TODAS AS AÇÕES devem ser narradas pausadamente porque o jogo foi feito para uma criança de 8 anos que sofreu uma lobotomia. Tipo, eu sei que sou inteligente o suficiente para puxar uma alavanca que está BRILHANDO e é uma das poucas coisas que o draw distance de merda desse game aguenta mostrar à distância. Mas nope, cada ação executada tem que ser parada para mais e mais exposição.

De resto, é um bom jogo que diverte bastante, com gameplay variado entre cada personagem que se expande dependendo da missão (especialmente o Bentley, que para hackear computadores entra num minigame do tipo navinha e também controla um helicóptero de controle remoto e eram os únicos tipos de missões que valiam a pena jogar com ele). Se alguém estiver procurando um game divertido e descompromissado para jogar, pode pegar sem medo.

Agora dá licença que vou atrás de mais fotos da Carmelita.

For science.

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